"Recebi um diagnóstico difícil, meu médico disse que não tem mais como reverter o meu quadro, que não tem cura." Como acolher e elaborar o assunto fim de vida com a própria pessoa que recebe essa notícia, e também para com seus familiares.
O medo de morrer, o sofrimento de perder um ente querido. Sentimentos difíceis que evitamos falar em família, ou entre amigos. O primeiro mecanismo que é vivenciado é da negação, e nesse processo a palavra morte, e finitude não é pensada, muito menos verbalizada. Acolher e compreender que está tudo bem não querer falar sobre essa temática o tempo todo, afinal temos um dia após o outro, a vida ainda está sendo vivida.
Outro processo que oscila como um pêndulo é da tristeza e depressão, que trazem concretamente a sensação da perda e o luto iminente. O que você mais deseja? E com quem? Viabilizar essas ações que pode ser um passeio a um parque, ou apenas uma música cantada juntos, toda essa delicadeza de acolher esse sentimento e produzir um afeto de comunhão, partilha, e aceitação faz com que esse processo seja mais leve.
Depois vem a fase da aceitação da situação atual em que é vivenciada, sendo interessante conversar sobre as Diretivas Antecipadas de Vontade (DAV), deixando instruções para seus familiares, para quando não puder mais se expressar, e esse documento se valha para garantir a suas vontades e desejos.
A espiritualidade pode ser um aliado importante para a pessoa que está nesse processo e também para seus familiares, sempre é bom lembrar de respeitar a singularidade de cada um, e maneira e forma que essa pessoa se relaciona com sua espiritualidade.
Compartilhar dores e sofrimentos, traz alívio para a dor física e emocional, compreender que não está sozinha, tanto quando cuidador do ente querido como portador de uma doença que não tenha cura.
Você não está sozinho nessa jornada, conte com apoio psicológico para ter maior conforto e tranquilidade. Vamos conversar sobre isso?